Governo Grego julga monge por Heresia
Monte Athos, Grécia, 14 de Agosto de 2006 - Os monges do santo e sagrado mosteiro de Esphigmenou do Monte Athos foram intimados a comparecer na Corte Grega da Tessalônica, para serem julgados por cisma e heresia.
O julgamento começará em 29 de setembro de 2006, na Corte Criminal Grega da Tessalônica.
A acusação de cisma e heresia por um governo, contra seus próprias cidadãos, jamais foi vista na história moderna da Europa. Um capítulo da história da Europa, em que a Igreja acusou e pediu para que o estado confiscasse propriedade, voltou a ocorrer hoje na Grécia.
O patriarca em Istambul revelou sua argumentação contra os monges, para confiscar suas propriedades e dar um exemplo aos clérigos Ortodoxos que o questionam. Os monges possuem um desacordo espiritual com o patriarca e cortaram qualquer diálogo com ele, para demonstrar que o patriarca abandonou os ensinamentos Ortodoxos. Ao contrário da tradição ocidental, o patriarca da Igreja Ortodoxa não é infalível, e 23 Patriarcas já foram depostos por heresia, alguns deles de forma póstuma.
O patriarca recusa qualquer diálogo com os monges, e ordenou o arrependimento incondicional deles, ao invés de responder as preucopações sobre seus ensinamentos e práticas que estão em conflito com os ensinamentos da Igreja Ortodoxa. Pelo contrário, ele deseja retirá-los da única casa que possuem.
O Governo Grego tem vergonhosamente cedido à pressão do patriarca, para usar a força para bloquear e despejar os monges. A Ministra de Exteriores, Sra. Dora Bakoyiannis, sob a qual a última autoridade do Monte Athos reside, controla o aparato do estado Grego no Monte Athos, e usa sua autoridade para bloquear comida, medicamentos, óleo e até acompanhamento médico tem sido negado aos monges. A Inquisição que o governo Grego remonta à Idade Média, e é vivida agora pelos monges na Grécia moderna.
Em sua luta para esconder suas ações contra o Mosteiro de Esphigmenou da opinião pública, o patriarca e seus comparsas no governo Grego estabeleceram uma irmandade impostora, usando o mesmo nome "Esphigmenou", e com ela estão desviando todas correspondências, contas bancárias e os pertences do mosteiro para a nova e impostura irmandade que está sob seu controle. Isto é feito enquanto a verdadeira irmandade é trancada no mosteiro e proibida pela polícia grega e pela guarda costeira de receber entregas de comida, óleo ou visitas dos médicos que cuidam dos monges idosos e doentes. O trator do mosteiro foi confiscado pela polícia, para proibir que os monges plantem seus próprios alimentos, e a linha telefônica do mosteiro foi cortada, para previnir qualquer contato deles com o mundo exterior. Cinco monges morreram sem receber qualquer atenção médica, pois a polícia proibiu que médicos entrassem para cuidar deles.
Recentemente, monges da irmandade impostora confiscaram parte da terra que pertence ao Mosteiro de Esphigmenou e começaram a limpar a área, para fazer uma nova construção, e assim dar mais legitimidade à sua irmandade, clamando que apenas eles são do verdadeiro Mosteiro de Esphigmenou, e falso abade, Crisóstomo Katsoulieries, clama para ser o verdadeiro abade.